terça-feira, 20 de novembro de 2012

A "coisificação" do ídolo


Fernandão chora em entrevista coletiva no Beira-Rio - Foto: globoesporte.com
Notícia publicada no globoesporte.com na terça-feira, 20, anuncia a demissão de Fernandão, treinador do Internacional de Porto Alegre. Campeão da Libertadores da América e Mundial em 2006 pelo clube gaúcho, o ex- centroavante deixou o Beiro-Rio após campanha irregular no Brasileirão. 

Durante os cinco meses à frente do colorado, Fernandão sofreu críticas da diretoria, de parte da torcida e, até mesmo, de alguns jogadores de seu plantel. Na entrevista coletiva desta tarde, ele não conteve às lágrimas. "O meu grande erro acho que não foi ali (entrevista da 'zona de conforto'), foi depois. Fui amigo de quem não deveria ser. A gente aprende. Aprendi mais uma lição. Aprendi a separar amizade de profissionalismo. Me arrependo hoje. Fui amigo e me perdi", disse. 


É por causa desse tipo de coisa que eu não quero NUNCA ver o Rogério Ceni treinando o São Paulo FC. O Fernandão é, com certeza, um dos maiores ícones da história do Internacional. Foi o capitão do maior título do colorado e, mesmo assim, foi tratado como "mais um" pela diretoria e por parte dos torcedores. 


O futebol é lindo, apaixonante, único. Mas também é sujo e muito injusto. Transforma ídolos imortais em meros "Zé Manés" e joga a história de anos pelo ralo em poucos jogos. O herói vira vilão em questão de segundos e todos os feitos obtidos por ele caem por terra.



Quando vamos aprender a valorizar esses caras que fizeram (e ainda fazem) parte de nossas vidas e ajudaram a bordar as estrelas que ostentamos com tanto orgulho acima do nosso amado escudo?



Quantos craques de outrora morrem à míngua, sem receber uma cesta básica sequer do clube que  ajudaram a se tornar grande? Quantos Garrinchas, Barbosas e tantos outros ainda teremos que perder para aprendermos a lição? 



Lamento pelo Fernandão e pela triste página escrita pelo Internacional. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Show internacional no Pacaembu


Time se une para comemorar o golaço de Rafael Tolói, o quarto da goleada - Foto: Lancenet

A vitória do São Paulo FC na noite de ontem contra a Universidad do Chile, pelas quartas de final da Copa Sul - Americana, no estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, foi algo para ficar na memória do torcedor Tricolor por muito tempo.

Primeiro, porque os 5 a 0 não foram em cima de uma equipe qualquer. Goleamos os atuais campeões do torneio e líderes do ranking da Conmebol. Além disso, a La U tem escrito belas páginas na recente história do futebol continental.

Em segundo lugar, porque a garra, a raça e a dedicação do time nos levaram de volta aos primeiros anos da década de 1990 e ao inesquecível 2005. A química da equipe com a competição foi tão grande durante os 90 minutos que aquele até parecia um jogo decisivo de Taça Libertadores.
Em terceiro, a torcida, mais uma vez, deu um show nas arquibancadas. Assim como já havia acontecido nos últimos jogos do Brasileirão, lotamos o estádio e empurramos o São Paulo FC para mais uma importante vitória. Ninguém gosta mais de jogo internacional na quarta à noite do que o são-paulino.

Como não se emocionar diante de um espetáculo como o de ontem?! Hoje, logo pela manhã, ao rever os melhores momentos da partida, fui às lágrimas (como não ia há tempos). Defesa imponente, meio de campo brigador e criativo e um ataque Fabuloso.  Ceni foi o maestro de sempre; Tolói e Rhodolfo, verdadeiros paredões (e o camisa 3 ainda nos presenteou com um golaço!);  Cortez e Douglas me fizeram lembrar de Júnior, Cicinho, Leonardo e Cafu; Denílson e Wellington foram dois leões e estão provando a cada jogo que estão entre as melhores duplas de volantes do continente; Jadson mostrou que o investimento de nossa diretoria valeu a pena...

E o nosso ataque? Falar o quê de Lucas e Luís Fabiano!? O primeiro, mesmo vendido ao novo rico PSG, tem nos orgulhado demais, tamanha a sua dedicação e amor à camisa três vezes campeã do mundo. Com um gol de placa e uma assistência à la Raí, deixou a noite mais bonita no Pacaembu. Já estamos com saudades! Já o camisa 9 provou, de novo, porque ganhou o apelido de FABULOSO em sua vitoriosa passagem pela Espanha. Com um “totozinho” na bola, de primeira, deixou o pobre Jhonny Herrera embasbacado e incrédulo no chão.

Méritos também para o técnico Ney Franco, que soube suprir as carências de Osvaldo e do lateral-zagueiro Paulo Miranda (que tem calado MUITO a minha boca). O vencedor 4-3-3 deu lugar ao tradicional 4-4-2. Time menos ofensivo? Só no papel. O tricolor aproveitou o desespero do bom time chileno e fez história. Com certeza, as duas atuações contra a La U nos credenciam ao título inédito da Copa Sul- Americana e, mais do que isso, nos trazem a esperança de bons ventos e muitos títulos em 2013.

 Saudações Tricolores



Mesmo vendido ao PSG, Lucas corre em dobro e mostra amor à camisa. Quer ir embora campeão. - Foto: Lancenet



Autor de dois belos gols, Jadson mostra porque é o camisa 10 Tricolor - Foto: Sportv


Luís Fabiano, sempre ele, dá um toquinho por cima de Jhonny Herrera e faz mais um golaço no Pacaembu - Foto: Globoesporte.com
Titulares na tradicional foto antes da partida. Pose de campeão? - Foto: Lancenet